Pois é, eu também comprei este videogame na Dealextreme (tá virando rotina) e me surpreendi com o brinquedo. Ele não perde em nada quando comparado com meu Sega Genesis. Testei os dois ao mesmo tempo rodando os mesmos jogos (Sonic, Golden Axe, Streets of Rage, e outros que tenho em cartucho) e não notei diferença alguma na velocidade da imagem ou no áudio. Eu ia fazer um review mais completo sobre o console mas como já existe um muito bom lá no “Versão Zero” vou focar mais na eletrônica do aparelho.Abaixo temos as fotos da caixa do videogame. Como dá pra ver nas duas primeiras a maior parte da caixa vem escrita em Chinês. Dentro da caixa (terceira foto) vemos o console com seu cabo de áudio e vídeo. O manual é apenas uma folha Xerox em Inglês e traz o mínimo necessário para se operar o brinquedo. Não acompanha nenhum outro acessório, nem mesmo pilhas (que tem que ser AA e não AAA como está lá na loja).

Para dar uma noção de tamanho ao leitor tirei estas duas outras fotos comparando com o Sega Genesis (ou Mega Drive, como é chamado por aqui) e logo abaixo com o controle original do Genesis. O formato do e-Time é mais ergonômico que o do controle do Mega.
O grande diferencial do console é o leitor de cartões SD, que fica na parte de baixo. O soquete é padrão dos SD: É só empurrar o cartão que ele trava lá dentro. Pra retirar é só empurrar também que ele salta pra fora.
Na outra lateral temos a chave liga-desliga, a saída do cabo AV e um conector DB9 para ligar um joypad externo. Lembrando que NÃO É uma entrada para outro e-time D22, mas sim para conectar um controle de Mega Drive original. Existe um LED vermelho também, que fica dentro do aparelho e acende quando o aparelho está ligado. O brilho é tão fraco que pode passar desapercebido.
E para manter a tradição do blog eu desmontei o console pra ver o que tem dentro. Sete parafusos prendem as duas partes da caixa. Um deles fica dentro do suporte de pilhas, cuja tampa deve ser retirada para se ter acesso. Abrindo o aparelho topamos com duas placas (PCB):
A montagem não é muito ruim como já vi em muitos aparelhos chineses. Algo que me chamou a atenção foi o fato de todas as conexões estarem marcadas na legenda de componentes. Isso facilitou muito a compreensão do funcionamento dos circuitos. Abaixo um zoom da placa principal (Clique para ampliar).
Além do chipão a placa verde traz uma memória flash por baixo e o conector do cartão SD. Todo o circuito é alimentado com 3,3 Volts e, respondendo a pergunta lá do Versão Zero, o motivo de se usar 3 pilhas é ter a diferença de tensão certa para que o regulador de tensão funcione. Em meus testes usei 3 pilhas recarregáveis e o console funcionou normalmente, mesmo com a tensão menor de 1,4V por pilha (4,2 Volts total).A placa verde é soldada diretamente na placa do joypad logo abaixo. São 19 conexões devidamente demarcadas na placa. Como não separei as placas fico devendo uma foto da placa do chipão por baixo, mostrando a memória flash e o soquete do cartão SD. Retirando os dois parafusos que prendem o conjunto de placas podemos ver a parte de baixo da placona com os botões:
Aqui vemos novamente cada conexão importante devidamente demarcada (meus parabéns ao projetista). Nesta placa vemos um CI bolha conectado aos botões. Com uma breve analise (engenharia reversa) e com a ajuda das marcações (muito gente boa o chinês que fez isso) notei que este CI bolha nada mais é do que o circuito de um controle de Mega Drive. A principio dá pra retirar a placa menor e transformar o console em um controle normal de seis botões para Mega Drive. Já a placa menor é o Mega Drive completo e precisa dos controles iguais ao original pra funcionar. As conexões para o controle externo vão direto para a placa menor.A configuração interna deste console PEDE pra ser usada em algum Mod. Pensei em alguns, mas do jeito que ele vem de fábrica já é muito bom e deve demorar um pouco pra eu tomar coragem e tentar algo.
Update 20/03/2017: Agora em víddeo:

Notei que todo esse arranjo original era precário e perigoso demais. A lâmpada fluorescente vai ligada diretamente à tomada via reator eletrônico, sem isolação. A fiação corre pela tampa a uns 10 cm acima da água. Como não é bom misturar água com eletricidade resolvi retirar todo aquele sistema carcomido pela corrosão e trocar por algo mais eficiente e seguro.
Pode parecer pouco, mas como o aquário não é plantado a iluminação serve apenas para dar um visual melhor ao conjunto. Confesso que no começo não sabia se somente 5 LED’s dariam conta, por isso bolei um sistema que pode ser expandido caso necessário. Cheguei a este numero após testar os LED’s no protoboard. Primeiro coloquei um e fui aumentando a quantidade até conseguir uma boa iluminação.
Aqui vai um aviso: se estiver trabalhando com LED’s brancos evite olhar diretamente pra eles quando ligados. Se fizer isso mesmo por um curto intervalo o efeito não é muito agradável. Você fica com aquela imagem de um ponto branco mesmo com os olhos fechados. Quanto mais LED’s mais bolas brancas vão ficar na sua retina...
Ao todo o sistema consome 1.1W aproximadamente, contra 20W da lâmpada fluorescente. Claro que pode não ter a mesma capacidade de iluminação, mas gostei do resultado. Nas fotos abaixo dá pra ver a diferença. O sistema já está funcionando a algumas semanas e o único problema que detectei foi o do acumulo de umidade que mais cedo ou mais tarde vai acabar causando a corrosão das placas, fios e terminais. Começando por uma foto do aquário iluminado apenas pela luz do quarto, com a câmera sem flash e com a iluminação de LED’s desligada: 



























