Montando uma luz noturna em kit

Mais um kit Chinês (daqui a pouco eu esgoto todos os kits disponíveis). Desta vez montei uma luz noturna, uma luminária que acende quando escurece. O kit é bem simples e vem com os seguintes itens:
Luminária de LED componentes

E tem vídeo pra quem gosta de vídeo:

E mais fotos e texto pra quem gosta de foto e texto. Começando pela placa montada já parafusada dentro da caixa. A caixa é até que boa, embora seja de plástico um pouco fino. Seria bom colocar um fusível na entrada, para o caso de um curto.
Luz noturna montada

Não veio manual de instrução e tive que levantar o esquema:
Esquema luz noturna


O LDR tem que ser montado numa determinada altura. Para isso vem um pedaço de espaguete termo-retrátil para usar como referência. Descobri isso no anúncio do vendedor do kit, já que não veio o manual de montagem:
Luminária de LED detalhe do LDR

Preparando bichos de pelúcia eletrônicos para lavar na máquina

E hoje a dona esposa juntou todos os bichos de pelúcia dos pequenos para lavar e pediu para que eu desse um jeito nas caixas eletrônicas de alguns deles. Alguns destes brinquedos já vem com um fecho de velcro ou ziper para poder retirar a caixa sem problemas. Outros você tem que fazer uma "cirurgia" para chegar até elas.

O primeiro "paciente" foi a tartaruga abaixo:
Tartaruga de pelúcia

Depois dela eu olhei para os outros e pensei que isso daria um vídeo. E deu:


No momento eles estão secando ao sol e tenho que trocar as pilhas de algumas das caixas. Depois a dona esposa vai costurar de volta.

Por dentro de um tablet Bravva BV Quad

Tive que abrir este tablet (Bravva BV Quad) para checar o código do LCD e ver se compensava consertar e, como sempre, aproveitei para tirar umas fotos e fazer um vídeo. O defeito é o mais comum deste tipo de aparelho: Tela quebrada. Neste caso não foi só o vidro do touch screen, mas também o LCD que rachou. Como não achei pra comprar procurando apenas por "LCD tablet bv quad" tive que ir mais fundo e abrir o aparelho, que é assim por dentro:

Tablet Bravva BV Quad por dentro

Todo o processo de como abrir é mostrado no seguinte vídeo:


O estrago foi feito quando minha filha mais velha sentou em cima do tablet. Como comentei no vídeo o custo das peças para o conserto não compensa o trabalho de arrumar. Caso o Dólar caia talvez dê pra comprar um LCD novo (o vidro do touch screen é bem mais barato) no futuro.

Quanto ao tablet ele é um Android normalzinho, não dá pra esperar muito dele mas serve como um bom controle para o Chromecast. Ele tem processador Quad Core de 1,3GHz, tela de 7", 8GB de Flash e (acho que) veio com Android 4.4.

Caso seja útil pra alguém o código do LCD é MF0701683001A e do vidro touch screen é XN1318V1 e segue uma vista melhor da placa lógica do tablet:

Tablet Bravva BV placa lógica

Ligando um LCD de notebook no carro

Depois que fiz aqueles posts e aqueles vídeos sobre placas universais de LCD várias pessoas me perguntaram se era possível ligar um tela de notebook no carro. Como as placas usam alimentação de 12V eu sempre respondia que era possível. Mas só hoje resolvi fazer o teste definitivo e mostrar os resultados:
LCD de notebook ligado no carro
Pois é, como era óbvio a placa funciona no carro. Então se você tem aquele velho notebook encostado com defeito mas com a tela boa dá pra ligar ele no carro e ter uma tela maior gastando pouco.

Aproveitando o embalo fiz um vídeo para mostrar a coisa funcionando:


No teste usei a tomada de 12V daquele hands free que eu desmontei recentemente. Dá pra comprar tomadas melhores na China e bem barato. O fusível da que usei era de 500mA e abriu quando liguei a placa, por isso tive que trocar por um de 2A. A placa com o meu LCD (LED de 15 polegadas) consume 1,2A aproximadamente. Um LCD mais antigo, com backlight de lâmpada, vai precisar de um inverter e, talvez, mais corrente. A placa pode funcionar sozinha, como player de vídeo ou música via USB ou ligada a um aparelho externo (como um DVD) via vídeo composto ou HDMI. Dá até pra ligar um PC via VGA, mas não vejo uma utilidade para este caso.

O problema maior que vejo em usar uma tela LCD de notebook no carro (sozinha ou ligada no DVD) é a parte mecânica. Não tenho habilidade manual e nem as ferramentas necessárias para acomodar isso tudo de forma bonita e discreta.

E como sempre me perguntam onde comprar as coisas, vamos aos links:

O Robô Seguidor de Linha "Analógico"

Mais um kit comprado na China (no Aliexpress, como sempre). O preço é bem em conta e é a montagem é um bom passatempo. Montado ele fica assim ó:

kit de robô seguidor de linha

A montagem em vídeo:


Agora algumas fotos e comentários:

1. Apelidei o kit de "robô seguidor de linha analógico", pois não tem microcontrolador no comando. É só um CI LM393 (duplo comparador de tensão). A qualidade dos itens é boa, mas tem alguns problemas. Segue o que vem com o kit:

kit de robô seguidor de linha componentes

2. A parte eletrônica é bem tranquila de montar. A placa é bem espaçosa e (quase) tudo se encaixa perfeitamente. O suporte de pilhas é bem ruim, as pilhas se encaixam com muita dificuldade. Até pensei que seria para pilhas AAA, mas estas não ficam bem nele. 
kit de robô seguidor de linha placa por cima

3. Os motores e o suporte de pilhas são fixados na base do robô (a pcb é o chassi) por meio de fita dupla face. Isso torna o conjunto um pouco frágil. A fita não é muito boa e com um pouquinho de força ela pode se soltar. A fixação das rodas também requer cuidados. Elas não encaixam direito nos eixos das reduções dos motores. As rodas vieram também com pequenas falhas e excessos no plástico que tive que ajeitar com um estilete. 
kit de robô seguidor de linha placa por baixo

4. A posição dos sensores da linha foi muito tranquila. Quando comprei o kit pensei que seria a parte mais crítica. É só soldar um pouco abaixo do parafuso da "roda que não é roda" frontal. 
kit de robô seguidor de linha sensores
5. Um ponto legal do circuito é sua facilidade de ajuste. Ajustei um trimpot numa posição logo antes de desligar um motor e ligar outro e depois fiz o mesmo com o outro trimpot. Para minha surpresa foi só colocar o robô na pista que ele seguiu a linha de primeira. Não estava esperando um funcionamento tão rápido assim.

6. Quando colocado no centro da pista e ligado o robô segue até a linha e encontra o ponto certo novamente. É muito legar ver isso acontecendo com um circuito sem "inteligência" (microcontrolador).

7. Descobri, sem querer, outro comportamento legal dele. Estava com ele sobre a mesa de pedra da minha cozinha e ele estava fora da "pista" de papel. Ao ligar ele encontrou a borda do papel e acabou seguindo por ela. Neste caso a mesa é mais escura que o papel e deve ser por isso que funcionou.

8. O esquema:
Esquema do robô seguidor de linha

Montando um microfone sem fio para a faixa de FM

Comprei este kit recentemente no Alixpress por um preço muito baixo (abaixo de R$10,00 já com frete). É o clássico transmissor de FM com um transistor e um microfone de eletreto. A grande vantagem nesse caso é a caixa que é muito boa. O que vem no kit:

Kit para montagem de microfone sem fio

Segue o vídeo mostrando a montagem e mais alguns comentários:


O manual é todo em Chinês e o que dá pra entender é o "chapeado" da placa de circuito impresso e o esquema:

Esquema de microfone sem fio

Tem alguns detalhes que faltam no esquema e no desenho da placa. Um deles é o resistor de 0,5 Ohms que vai ligado entre C6 e o centro da bobina impressa na PCB. Ele está na lista de peças e deve estar escrito nas instruções, mas meu Chinês está meio ruim e não posso confirmar... 

Os resistores vieram de 1/8W e a placa parece ter sido desenhada para resistores de 1/16W. Nada que uma entortada nos terminais não resolva. O circuito não tem ajuste de frequência, logo tem que ligar e torcer pra não cair em cima de alguma emissora de FM. No meu caso ele foi para o fim da faixa (por volta de 108,5MHz) e não tinha nenhuma emissora ali. Colocar um ajuste de frequência até que não deve ser difícil, com um capacitor em paralelo com um trimmer no lugar de C5 (24pF). A placa montada ficou assim:
Placa do microfone sem fio

Não existe indicação na placa de onde ligar os fios. Tive que olhar o esquema e localizar os pontos certos. Para facilitar a vida dos futuros montadores criei o diagrama de ligações abaixo:
Fiação do microfone sem fio
O kit é bem simples e qualquer um que tenha brincado com eletrônica nos anos 80 e 90 reconhece o circuito das "Saber Eletrônica" ou "Eletrônica Total". A diferença aqui é a caixa do microfone que é muito boa. Lembra muito o kit lançado na "Eletrônica Total" número 45.

Notas aleatórias de sexta 14/10/2016

1. Foto da semana

Dias atrás teve a tradicional coleta de lixo eletrônico no centro da cidade (de onde bati a foto abaixo). Ela acontece todo ano, geralmente em Setembro ou Outubro. Lembro que já falei aqui da primeira em 2009.

Lixo eletrônico

2. Link

[Em Inglês] Tem um pessoal restaurando um computador Xerox Alto e mostrando todo o processo. Já está na nona parte e quase toda semana tem atualização. É uma boa aula de debug de hardware.

3. Link 2

Um texto pequeno e muito bom mostrando a "anatomia de um leitor RFID". O resto do site também é altamente informativo e bem completo.

4. Zap-zap

Foi-se o tempo em que as pessoas tinham medo de passar o número do telefone para estranhos. O pessoal hoje passa o número para qualquer um, até mesmo quando não é pedido. Quase toda semana recebo uma mensagem de alguém querendo que eu responda suas dúvidas pelo aplicativo. Por favor não faça isso, eu não respondo perguntas no WhatsApp e nem quero entrar em grupos por lá. Nem no grupo da minha família eu entrei, imagina se eu vou querer entrar em um grupo de um desconhecido.

5. Kits

Encontrei um kit de microfone sem fio no AliExpress bem baratinho e não resisti. É muito parecido com o projeto da "Eletrônica Total" número 45 e eu sempre quis montar um, mesmo sabendo que não será muito útil. Custou menos de R$10,00 e aproveitei e comprei mais uns kits do mesmo vendedor. Chegou tudo certinho e, em breve, eles devem aparecer aqui no blog.

Kit de microfone sem fio

6. Nostalgia

Dei uma procurada esses dias para ver se ainda fabricam videocassetes e encontrei a notícia de que pararam esse ano. A notícia fala de um componente que parou de ser fornecido e devem ser as "cabeças" dos aparelhos. Isso me lembrou também que o videocassete lá da casa da minha mãe ainda existe e talvez vire um vídeo "por dentro".

7. Link 3

Um assunto que apareceu na semana passada (ou retrasada?) numa lista que participo: O Paraboi. Não recomendo ver o vídeo de demonstração do negócio, só uma leitura do site deles já está bom (para ver a paranoia deles com a concorrência).

8. IoT

Ouvi (na verdade li) não lembro onde: "Tudo que possuir um endereço MAC poderá e será usado contra você". Acho que foi em alguma matéria sobre as câmeras IP que foram usadas para um ataque de DDoS.

9. Lamentações

É difícil fazer essa lista semanal, principalmente a parte de encontrar links interessantes em Português. Vou anotando as coisas que vou achando (e pensando) durante a semana no aplicativo de notas do celular e agora (Sexta à noite) algumas entram na lista. Era pra ter sempre um livro e uma lista, mas não consegui terminar de ler o livro (meu tempo é bem curto) e nem consegui concluir a lista. Ficam pra próxima semana, se houver mais um post desse...

Dois velhos gaveteiros para componentes eletrônicos

Estes gaveteiros enfeitam a minha bancada já há algum tempo. Quando comprei eles já eram velhos e vieram com muitos componentes. A maioria é componente usado e de vez em quando dou uma olhada neles, em busca de inspiração para algum projeto.
Gaveteiros para componentes eletrônicos

Este fim de semana sobrou um tempinho e acabei gravando um vídeo com eles:



Pra quem quer comprar um gabinete (gaveteiro) novo para guardar componentes eu recomendo os da Magus. São caros mas são resistentes e duram muito. Tenho os meus já há quase dez anos e ainda estão perfeitos. Outra opção mais barata, mas que ocupa bastante espaço, são as estantes com caixas padrões (número 3 é a ideal).
Gaveteiro de componentes eletrônicos

Notas aleatórias de sexta 07/10/2016

Links, comentários, notas e outras coisas que não dão um post mas que valem o registro.

1. Foto da semana

Pelo que me lembro, antigamente (antes dos anos 2000), era muito difícil ver algum equipamento eletrônico jogado na rua. Hoje o que mais vejo por aí são TVs e computadores velhos nas calçadas. Ano passado topei com este forno de microondas:

Forno de microondas na rua

2. Leitura diária

Dei uma faxinada ali no "leitura diária". Uso aquela lista como um "mini feed" para os blogs nacionais que costumo ler. Como ela ocupa um bom espaço da barra lateral as vezes eu tenho que cortar alguns para encaixar outros. A regra antiga era cortar sites com mais de seis meses sem atualizar, mas agora devo reduzir para dois ou três meses.

3. Link

E por falar nisso, quem entrou na lista foi o blog "Cantinho do TK90X" que recomendo fortemente a leitura. Eu sempre via algum link dele pra cá, mas só tinha lido um ou outro post por lá. Agora estou lendo os arquivos aos poucos. Além de ser atualizado frequentemente ele tem um bom arquivo de posts antigos.

4. Livro

E não tem resenha de livro essa semana (ainda tô lendo um), só uma reclamação: Eu sou uma mula! Por meses vi no supermercado daqui o livro "O vale da Eletrônica" de Carlos Roberto Carneiro e não comprei. Sempre deixava pra depois (seguindo a minha regra de não comprar livro novo) e acabou que acabou. Agora tenho que correr atrás...

Livro "O Vale da Eletrônica"

5. Lista da semana

Já joguei muito mais do que jogo hoje. Só jogo "Angry birds" no intervalo do almoço e mais nada. Esses dias conversando com o Rinaldo levantei uma lista dos jogos que mais me marcaram (em Hexa que é pra caber mais e em ordem cronológica):
  • 1. Hero - Atari 2600: Joguei até o cartucho literalmente se desfazer. Tive que abrir a EPROM do meu cartucho (Dactar) e soldar lá dentro, pois quebrou um dos pinos.
  • 2. Sonic - Mega Drive: Jogava na locadora e terminava em 45 minutos com todas as jóias.
  • 3. Super Star Wars - SNES: Também na locadora, terminava em menos de uma hora (pra não precisar pagar mais uma).
  • 4. Pandora Directive - PC: Era mais um filme do que um jogo. Terminei uma única vez e virei palhaço de circo. Nunca consegui terminar de novo e ver os outros finais.
  • 5. Age of Empires - PC - Comprei a expansão na Fenasoft de 1999.
  • 6. Diablo II - PC - Talvez o melhor jogo já lançado!
  • 7. Total Annihilation - PC - Melhor RTS de todos os tempos.
  • 8. Heroes of Might and Magic III - PC - Talvez tenha criado mais mapas do que jogado.
  • 9. Ragnarok - PC - 3 (ou 4?) anos jogando, muito tempo perdido nisso aí...
  • A. Command & Conquer III - PC - Joguei todos, mas esse foi o melhor. Único que terminei no nível mais difícil.
  • B. God of War - PS3 (relançamento) - Motivo para comprar o PS3. O primeiro jogo é o melhor da série.
  • C. Infamous - PS3 - Depois de terminado eu ficava subindo aquela torre de sucata só pra pular lá de cima.
  • D. Metal Gear Solid IV - PS3 - Kojima é maluco...
  • E. Shadow of the Colossus - PS3 (relançamento) - Obra de arte em forma de jogo.
  • F. Grand Theft Auto V - PS3 - Primeiro da série que joguei e meu último jogo antes de vender o PS3. Jogaria tudo de novo...

Sobre o medidor de energia Peacefair PZEM-031

Comprei esse medidor de energia (DC) por engano, era pra ter comprado o PZEM-021 (medidor AC). Sobre o PZEM-021 eu já falei num post anterior. O PZEM-031 está parado na bancada, já que não tenho um uso pra ele. Como é uma medidor DC deve ser útil para uso com banco de baterias e energia solar.

Fisicamente ele é igual ao seu irmão PZEM-021, mesmas dimensões e o mesmo conector de entrada e saída:

Medidor Peacefair PZEM-031

Fiz um vídeo mostrando ele:


Uma comparação da medida de tensão feita pelo medidor PZEM-031 e pelo multímetro:

Medidor Peacefair PZEM-031

O medidor desligado:
Medidor Peacefair PZEM-031

O esquema de ligação, colado na parte traseira:
Medidor Peacefair PZEM-031

A tensão de alimentação é de 6,5V até 100V. A corrente máxima de carga é de 20A. Não sei se aquele conector verde aguenta tudo isso, mas não testei.

Medidor Peacefair PZEM-031

Por dentro ele tem um CI HT2621B da Holtek (driver do LCD), uma memória 24C02 para salvar os valores acumulados de kWh e um SD8103. Pelo que deu pra entender do datasheet o SD8103 ele é um microcontrolador específico para medidores (multímetros?) com um conversor AD que me pareceu muito bom (16 bits efetivos com 0.01% de linearidade).

Notas aleatórias de sexta 30/09/2016

Links, comentários, notas e outras coisas que não dão um post mas que valem o registro.

1. Foto da semana

Na primeira foto das "notas" da semana passada dava pra ver uma placa grande. Era de um multiplexador de FM que eu acabei levando pra casa pra reaproveitar alguns componentes. O tempo passou (dois anos) e só agora dei uma olhada melhor. Além de alguns amp-ops (NE5532 e TL072) tem dois LM3915 (VUs) e um AD633 (multiplicador analógico) que podem render alguns bons projetinhos (bem) no futuro.

FM multiplexer placa

2. LCD quebrado

Não sei se o povo que é muito descuidado ou as telas de celulares que quebram fácil demais. Contei aqui e já troquei umas sete ou oito telas quebradas nos últimos tempos (algumas já documentadas aqui no blog). Só Ontem troquei a tela do celular da filha mais velha (Lumia 720) e meu irmão me disse que está com dois S4 com telas estilhaçadas (advinha pra quem vai sobrar o serviço?)

Nokia Lumia 720 aberto
Nokia Lumia 720 aberto

3. Link

Conheçam a grande salvação para quem faz placa de circuito impresso: SnapEDA, uma biblioteca universal e grátis de símbolos de componentes. Atualmente tem suporte para Cadence, OrCAD, Altium, Eagle e KiCad. Se não existir na biblioteca (difícil não ter), por $29 eles fazem o desenho e disponibilizam em 24 horas.

4. Livro

Um pequeno clássico da Literatura Técnica Brasileira: "Era uma vez um resistor queimado" de Paulo Brites. No livreto de 11 páginas o autor dá algumas dicas sobre como identificar um resistor torrado. Ah! O site do autor também é muito bom.

5. Outro livro 

"The Potentiometer Handbook" da Bourns é um livro de 1975 de mais de 200 páginas sobre... potenciômetros (claro). A Bourns liberou um PDF com versão completa do livro atualizado. A parte da história dos resistores variáveis é bem legal (todo o capítulo 1) e, como cultura inútil, ficamos sabendo que o nome potenciômetro vem de um equipamento para medir potencial elétrico (página 3). Na parte de aplicações são nada menos que quatro capítulos (funamentos e como dispositivo de ajuste, controle e precisão). Tem também a parte de como são construídos os potenciômetros (capítulo 7) e, muito importante e talvez a melhor parte do livro, como montar o componente fisicamente no seu projeto (capítulo 8). A última parte ("To kill a potentiometer") destoa um pouco do resto do livro por ser apresentada com vários desenhos "engraçadinhos". Achei os desenhos desnecessários, o livro não precisava deles. Fora isso recomendo a leitura, muita coisa a aprender sobre um assunto que a maioria não liga (até dar problema).

The Potentiometer Handbook

6. Emulador

E chegamos a um ponto em que dá pra rodar o Windows 98 direto no navegador. Foram 18 anos pra isso acontecer. Nesse ritmo um emulador de Windows 10 no navegador (ou no seu equivalente futuro) deve aparecer antes de 2034.


7. Cadê as caixas?

Desde 2011 sou procurado por pessoas querendo saber sobre as TGIMBOEJ que eu criei. Bom, as duas seguiram o padrão de todas as outras caixas mundo afora e pararam após algumas viagens. Esse comportamento já havia sido detectado pelo pessoal que criou o projeto em 2009 que até tentaram melhorar os procedimentos, mas as caixas continuaram parando no caminho (vejam os logs no site oficial). Apesar disso ainda tenho vontade de criar uma terceira caixa. Tenho muito material para compartilhar e se aparecer gente interessada posso colocar a coisa pra andar. ;-)

8. Aniversário

O blog completou 8 anos esses dias. Já são 275 postagens no arquivo (veja aí ao lado) e, aos poucos, estou atualizando alguns com mais informações, fotos e até vídeos. Uma novidade por aqui é que estou colocando as fotos com 1280p de resolução nos posts novos (no ínicio usava 640p, passei para 800p e depois para 1024p). O tamanho da janela do blog também precisa ser aumentado. Ainda estou usando a resolução de 1024 como largura máxima, mas os dados de visitação indicam que a maioria dos visitantes usa resolução bem maior.

9. Lista da semana

Fiz uma lista com todos os PCs que já tive, para não esquecer:
1. (1996) Cyrix 5x86, 100 MHz (dissipador verde), 1GB de HD e não me lembro quanto de RAM.
2. (1997) Intel Pentium MMX 233 MHZ, ainda com o mesmo HD do anterior (1GB) e acho que era 16MB de RAM. Tinha uma placa de vídeo S3.
3. (1999?) AMD K6-II 450 MHZ (overclock para 500 MHz), 64MB de RAM, também com o mesmo HD de 1GB velho de guerra. Em algum ponto meu irmão arranjou um HD de 4GB e depois um de 20GB. Com a lendária placa PCChips M598LMR.
4. (2004?) AMD Athlon XP 1.7 GHz, 128MB (?) de RAM, 80 GB de HD. Comprei usado. Placa de vídeo FX5200.
5. (2007?) Intel Pentium IV 3 GHz, 256 (ou 512?) de RAM. Mesmo PC anterior com upgrade de RAM, placa mãe e processador (usados).
6. (2010) Intel Core i5-750 4x2.66GHz, 4GB e atualmente 8 GB de RAM, dois HDs de 1T, vídeo NVidia GTS250. Meu PC atual e que ainda vai (ou tem que) render muito...

Por dentro do aquecedor Britânia AB1000

Depois do vídeo sobre o medidor de energia elétrica onde usei o meu aquecedor AB1000 da Britânia como carga, o leitor Marco Aurélio me enviou uma mensagem pelo Facebook pedindo um "por dentro" (do aquecedor). Como tá faltando assunto por aqui pensei que seria uma boa ideia e taí o post.

O aquecedor é este aqui:
Aquecedor Britânia AB1000

E segue o registro em vídeo:



E as tradicionais fotos internas:
Aquecedor Britânia AB1000

A entrada de energia e a chave de segurança, que desliga o aparelho caso ele caia. Não era pra ter um fusível ou outra proteção no aparelho? Agora que me liguei e talvez tenha e eu não vi.
Chave do aquecedor

A chave de comutação de temperaturas, com três posições:
Chave do aquecedor

Aparentemente as resistências são de Quartzo, cada uma com 500W (1000W no total). Medidas com o multímetro cada uma é de 33 Ohms:
Resistência de Quartzo de 500W

Por dentro de um Hands Free Lucky LY168

Ganhei dois destes "Hands Free" que iriam para o lixo. Estão praticamente novos e com as embalagens originais. A marca é "lucky" e o modelo é LY-168 fabricado na China. A função do aparelho é liberar as mãos do motorista para falar no celular, enquanto dirige (uma péssima ideia). Como não tenho carro, não dirijo e não tenho carteira de motorista os dois aparelhos só servirão como fonte de componentes.

Hands Free Lucky LY-168

Esta embalagem é muito difícil de fotografar por causa dos reflexos. Como a maioria destes produtos de camelô ele tem as marcações de certificação FCC e da União Européia, ali embaixo, perto do nome (papel aceita tudo). A parte da frente é escrita em Inglês e a parte de trás está em (quase) Português;
Hands Free Lucky LY-168

E fora da embalagem temos isso:
Hands Free Lucky LY-168

Do módulo que vai na alimentação de 12V do carro sai um clipe com um microfone, para encaixar na saída do auto falante do celular. O fone de ouvido vai no aparelho também. Aquela peça de plástico preto ali a direita é o suporte para o celular.

Aberto o aparelho vemos a única placa. O fio do microfone já estava solto quando abri, provavelmente o motivo do descarte:
Hands Free Lucky LY-168

Virando a placa vemos que é só um CI e o que parece ser um transistor, como componentes ativos. O alto falante é de 8 Ohms x 0,5W. Tem também um potenciômetro para o volume do áudio:
Hands Free Lucky LY-168 aberto

Uma vista melhor da placa. O CI é um TBA820M, clássico amplificador de áudio. O que parece ser um transistor (Q1) descobri, depois de olhar mais de perto, que é um CI 78L09 (regulador de tensão):
Placa do Hands Free Lucky LY-168
Este regulador explica a falta de D2 e R2, que formariam um regulador de tensão clássico se Q1 fosse um transistor.

Notas aleatórias de sexta 23/09/2016

1. Conselho

Li (não lembro onde) um conselho melhor que o do "use filtro solar": Tire fotos! Hoje todo mundo leva uma câmera fotográfica no bolso e custa praticamente nada tirar uma foto. Fotos são melhores para contar histórias, então tire fotos. Nem que seja pra deixar guardada num canto do HD e esquecer. Um dia você vai reencontra-la e poderá relembrar coisas há muito esquecidas.


Lixo eletrônico
Uma caixa de placas eletrônicas num ferro velho (foto tirada em 2014)

2. Livro: Designing Analog Chips (Hanz Camenzind - 2005).

Um livro sobre algo que dificilmente veremos aqui no Brasil: Projeto de circuitos integrados analógicos. O autor é ninguém menos que o criador do CI 555. A história de como ele criou o 555 e de como o CI funciona é uma das grandes atrações do livro (Capítulo 11: "Timers and Oscillators"). Aliás, em cada capítulo ele conta um pouco da história da eletrônica. Particularmente gostei muito de saber de onde veio a medida de valores RMS, com a história de Charles Steinmetz no capítulo 6 ("Time Out: Analog Measures"). Capítulo este que, IMHO, deveria estar no inicio do livro e não no meio. Eu recomendaria ler primeiro este capítulo e depois voltar ao inicio. A maior parte do livro é sobre as diversas topologias de circuitos usados em CIs analógicos. A parte de como são "construídos" os componentes na pastilha de silício é tratada apenas no último capítulo (17: "Layout"). Um ótimo livro, recomendo fortemente (Ainda mais por ser de graça).
Designing Analog Chips

3. Curiosidade

Acabei de cair num lugar estranho: uma licitação da Câmara dos Deputados para compra de componentes eletrônicos em 2014 (106.033/2014). Entre os itens estão 7 RaspBerry Pi B, 7 Arduinos Mega 2560 (e os shields de Ethernet e Bluetooth) e microcontroladores PIC 16F628A (20 peças) e 18F4520 (10 peças). Os demais são componentes comuns (resistores, capacitores, diodos, etc) que se enquadram numa lista que alguém compraria para começar a aprender eletrônica (ver as páginas 8 e 9). Seria um curso? Na Câmara dos deputados? Só para sete pessoas? Não achei mais informações...

4. Evento

E vai sair uma mini Maker Faire no Rio de Janeiro, dia 5 de Novembro. Por enquanto não tem muita informação sobre o que vai ter e quem deve aparecer por lá. Pra quem ainda não sabe "Maker" é o novo nome (hypster) para "Hobista". Um amigo (fala Dito!) gosta de dizer que "Makers" são os "acendedores de LEDs".

5. Lista

E por falar no Dito, tava conversando com ele outro dia e ele levantou uma lista de grandes projetos nacionais que não deram em nada. Segue:
1. Tanque EE-T1 Osório - Um protótipo, feito por uma empresa sem experiência na área e tentando ganhar uma concorrência internacional contra gente que entendia do negócio. Tudo pra dar certo... SQN.
2. Programa Espacial Brasileiro - Mais de 20 anos, muito dinheiro e nenhum resultado digno de nota. Compare com o programa espacial Indiano e chore...
3. Submarino Nuclear- 40 (?) anos para produzir a maquete mais cara do mundo.
4. Ginga - Quem? Ninguém conhece e ninguém usa, usou ou usará...
5. Zeebo - Hardware de celular, jogos de celular, usava a rede de celular e queria ser um videogame.

6. Microcontrolador brasileiro

O Dito queria colocar o microcontrolador ZR16 (primeiro microcontrolador 10 a 30% brasileiro, nas palavras dele) na lista, mas eu protestei. Ainda é cedo pra falar que ele falhou no mercado. Tá certo que eles não divulgam notícias há um bom tempo (exatos 2 anos) e não responderam meus (dois) pedidos de informações. Testei o simulador, li a documentação e alguns exemplos e o micrinho me pareceu bem promissor. Embora algumas coisas tenham me incomodado ("espera_maluco" não é um bom nome de função (No Cute Code!), mapa de memória feito no Paint e meus cálculos parecem indicar que ele pode aquecer um pouco) fiquei otimista com a iniciativa.
Mapa de memória


7. Mistérios da Internet

Um grande mistério: os vídeos da "Família Dedo" ("Finger Famliy"). Milhões e milhões de visualizações (somados os três mais vistos passam de 1 Bilhão) para vídeos mal feitos e com as mais diversas violações de direitos autorais. Minha filha vê e revê estes vídeos em loop infinito... E, olhando a área de comentários destes vídeos, parece ser um fenômeno mundial.

8. Link

illacceptanything: um repositório no GitHub que aceita (quase) qualquer coisa. Tem até um jogo de labirinto em modo texto, feito com pastas. O povo tem tempo... 

9. Brincadeirinha

Uma ótima demonstração do que é recursividade.

Por Dentro da Galinha Piratinha

Minha filha pequena ganhou esta galinha de brinquedo ano passado, mas só agora começou a brincar com ela (antes tinha medo). É uma versão da "Galinha Pintadinha" fabricada na China e claramente não oficial. Inclusive a caixa não mencionava nada sobre a Galinha original.

O brinquedo até que é grandinho:
Galinha Piratinha

Ela é alimentada por 3 pilhas pequenas (AA) e faz um carnaval quando ligada. A crista e as pintas brancas acendem, os olhos se mexem para cima e para baixo, o rabo mexe para os lados e ela "anda". Quando bate em alguma coisa ela se vira e continua andando.

Galinha Piratinha

A parte de baixo é muito parecida com muitos outros brinquedos vendidos nos camelôs. Tem o suporte das pilhas (com parafuso de segurança), a chave liga desliga, duas rodas pequenas fixas e duas rodas ligadas ao motor elétrico interno:
Galinha Piratinha

Por dentro ela tem um único motor que faz a galinha andar e ainda move os olhos e a cauda. Fechar o brinquedo é meio trabalhoso, pois tem que encaixar o movimento dos olhos e da cauda naquela peça de plástico no centro da foto:
Galinha Piratinha

Detalhe do motor (com capacitor em paralelo) e da peça que move os olhos e a cauda:
Galinha Piratinha

A parte eletrônica é uma plaquinha com um "CI bolha" que controla os LEDs e repetida e irritantemente toca a música "Yankee Doodle":
Galinha Piratinha
Já vi um outro brinquedo (uma boneca Elza do Frozen) que é praticamente o mesmo circuito e quase a mesma mecânica. Só que é muito mais irritante, pois só toca o refrão de "Let it Go". O som desses brinquedos é bem alto e incomoda muito. O bom é que as pilhas acabam rapidinho... (Talvez isso não seja tão bom assim`)